Logomarca

Enciclopédia de Finanças

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

crise financeira de março de 1990

  No final do governo de José Sarney, num cenário de hiperinflação, Fernando Collor, recém-empossado na Presidência, lançou o Plano Collor –marcado pela substituição do cruzado novo pelo cruzeiro e pelo confisco da poupança pelo prazo de 18 meses, a contar de 1r de março de 1990. A operação era coordenada pela ministra Zélia Cardoso de Melo. No final do governo Sarney, clientes de bancos depositavam dinheiro em conta corrente com juros, devido à força da inflação, que chegou próximo dos 45% ao mês.

 O confisco afetou diretamente a população, que ficou sem dinheiro para pagar até mesmo as contas mais básicas. Embora o objetivo do confisco fosse acabar com a hiperinflação, ele não teve o efeito esperado pelo governo. 

Além de não conseguir acabar com o aumento generalizado dos preços, o confisco da poupança fez com que a população perdesse a confiança no governo e na economia. Nesse contexto, o confisco da era Collor foi um verdadeiro fracasso, marcou uma época na história do Brasil e deixou um legado negativo para a população.  

enfin: O Plano Collor foi um choque extremo, tirando a moeda de circulação para frear a inflação e sequestrando saldos das contas bancárias e de poupança.  

Naquele ano, com o descontrole da inflação que continuava impactando a economia, o PIB do Brasil recuou 0,5%. Além disso, pesavam sobre a confiança dos empresários e consumidores as incertezas políticas da época, acrescenta o especialista.  

Na sequência dos acontecimentos, a crise deslocou-se totalmente para o lado político: foi o ano do impeachment do presidente Collor, a economia parou na expectativa do que poderia acontecer.  

(fonte: professor Otto Nogami, do INSPER)