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Enciclopédia de Finanças

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crise da bolsa brasileira em 1971

  Desvalorização de 54,79% no IBV (Índice da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro), iniciada em julho de 1971, com o anúncio de bonificação e subscrição de ações do Banco do Brasil de “apenas” 50%, quando o mercado esperava 100% de bonificação e 100% de subscrição. 

O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda Delfin Neto, após o fechamento do mercado numa sexta feira à tarde. Na abertura do pregão da 2ª. feira seguinte, o pânico tomou conta da sala de negociação das bolsas brasileiras.  

enfin: Durante todo o semestre anterior o mercado de ações viveu uma fase de intensa euforia, característica de uma bolha especulativa, com investidores novatos e desavisados comprando ativos, e grandes investidores institucionais distribuindo os papéis disponíveis. 

Ocorreu uma crise de liquidez, os negócios deixaram de acontecer, e os preços das ações caíram constantemente, até 1973. Os pequenos investidores não estavam preparados na época e os processos educativos para tanto foram adiados. A bolsa de valores não tinha um mecanismo de atuação e proteção para segurar a onda de uma desvalorização desenfreada. 

A partir daí, todo esse processo na economia brasileira, foi freado. O pequeno investidor não estava preparado para a bolsa e a bolsa não estava preparada para o pequeno investidor: a crise de 1971 foi agravante e sintoma disso simultaneamente. 

A recuperação do mercado só aconteceu na década seguinte, não sem o enfrentamento de novas dificuldades na bolsa de valores em 1980, por causa de uma bolha de crédito. Até 1983, a bolsa de valores só andou de lado. 

(fonte: “Ao Melhores Investimentos”)  

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